No começo, era só pelo desafio. Logo, as apostas subiram e a corrida se concentrou nos cheques do XXL. E, agora, surfistas de ondas pesadas têm um WT (campeonato mundial), que acaba de declarar seu primeiro campeão – o brasileiro Carlos Burle.
“Isso não é só meu, é de todos vocês. É do nosso esporte”, disse Burle para uma multidão de convidados que reunia os melhores surfistas de ondas grandes no Surfing Heritage Foundation. “Quero que todos subam aqui e levantem esse troféu comigo”.
Um a um, o palco se encheu com pessoas como Peter Mel, Mark Healey, Greg e Rusty Long, Ramon Navarro, Twiggy Baker e outros watermen corajosos. E pela primeira vez na história, uma ideia de realização tomou conta da comunidade de big riders. Burle, obviamente humilde, embora tenha sido o primeiro campeão do recém-formado tour, disse que essa irmandade foi sua fonte de inspiração.
“Estou muito feliz de estar aqui – aos 42 anos de idade –, de remar com vocês alargar as fronteiras”, acrescentou Burle em seu discurso de agradecimento. “O que fazemos não é fácil. O que fazemos é a maior e mais estressante coisa do mundo. Nunca sabemos quando vai rolar. Não temos hora marcada. Temos que viajar de última hora, geralmente num voo noturno. E temos que enfrentar ondas monstruosas. Somos os seres humanos mais preparados do planeta”.
Por ironia, Burle faturou o último “campeonato de ondas grandes” que houve. O ISA Big Wave Challenge de 1998, em Todos Santos, deu um estímulo que durou mais de 12 anos. E agora, depois dos quatro eventos do Big Wave World Tour (BWWT), as esperanças de um circuito mundial de surf em ondas grandes tornou-se uma realidade.
“As fotos do evento da ISA em 1998, em Todos, foram uma grande inspiração para mim. Nos dedicamos para que isso acontecesse”, explicou Greg Long, o homem que deu a ideia para o tour. “O Big Wave World Tour é um sonho do Gary Linden (o organizador do tour) faz muito tempo. Se o surf de ondas grandes ficou mais popular, por que todos não poderiam falar a mesma língua e se organizar? Tem que começar em algum lugar. A ideia era criar um tour factível e deixá-lo crescer.”
Ao somar os resultados do Quiksilver Ceremonial Puta de Lobos, no Chile; Billabong Pico Alto Invitational, no Peru; the Maverick's Surf Contest, na Califórnia EUA; e Todos Santos Big Wave Event, no México; Burle – finalista em todos os eventos – foi declarado o campeão mundial de ondas grandes 2009/2010. Long, embora tenha ganhado o Quiksilver In Memory of Eddie Aikau, em Waimea, ficou em sétimo. (Eddie é considerado um evento à parte do BWWT. Mesmo que esse resultado fosse computado, Burle ainda seria o campeão).
O BWWT quer adicionar um quinto evento para temporada 2010/2011 e incluir o Nelscott Reef Contest, que havia mudado seu foco de tow-in para surf de remada. O tour ainda espera melhorar e ter mais oportunidades de patrocínios, em particular no evento de Todos, que foi pessoalmente fundado por Long e Linden e não tem prêmio em dinheiro.
“Por mais que precisemos do dinheiro, foi a paixão e a vontade que fez as coisas acontecerem”, lembrou Linden. “Todos trabalhamos de graça. É uma das maiores coisas que já vi em minha vida de surf. Todos estavam lá porque queriam estar. Foi o que uniu tão bem esse tour”.
E se ficar próximo da confraria dos big riders por algum tempo, verá que a paixão se origina puramente do amor e da coragem. Com ou sem tour, com prêmio em dinheiro ou uma garrafa de tequila. Esse pessoal vai sempre ver os gráficos LOLA e pegar os últimos voos para os cantos mais distantes do globo a fim de levar o esporte além do imaginável.
E como resumiu Long falando em nome de cada big rider no auditório, “Faríamos isso de qualquer maneira, mesmo sem prêmio”.
Leia no original. Há tembém um vídeo bacana sobre a temporada toda.
“Isso não é só meu, é de todos vocês. É do nosso esporte”, disse Burle para uma multidão de convidados que reunia os melhores surfistas de ondas grandes no Surfing Heritage Foundation. “Quero que todos subam aqui e levantem esse troféu comigo”.
Um a um, o palco se encheu com pessoas como Peter Mel, Mark Healey, Greg e Rusty Long, Ramon Navarro, Twiggy Baker e outros watermen corajosos. E pela primeira vez na história, uma ideia de realização tomou conta da comunidade de big riders. Burle, obviamente humilde, embora tenha sido o primeiro campeão do recém-formado tour, disse que essa irmandade foi sua fonte de inspiração.
“Estou muito feliz de estar aqui – aos 42 anos de idade –, de remar com vocês alargar as fronteiras”, acrescentou Burle em seu discurso de agradecimento. “O que fazemos não é fácil. O que fazemos é a maior e mais estressante coisa do mundo. Nunca sabemos quando vai rolar. Não temos hora marcada. Temos que viajar de última hora, geralmente num voo noturno. E temos que enfrentar ondas monstruosas. Somos os seres humanos mais preparados do planeta”.
Por ironia, Burle faturou o último “campeonato de ondas grandes” que houve. O ISA Big Wave Challenge de 1998, em Todos Santos, deu um estímulo que durou mais de 12 anos. E agora, depois dos quatro eventos do Big Wave World Tour (BWWT), as esperanças de um circuito mundial de surf em ondas grandes tornou-se uma realidade.
“As fotos do evento da ISA em 1998, em Todos, foram uma grande inspiração para mim. Nos dedicamos para que isso acontecesse”, explicou Greg Long, o homem que deu a ideia para o tour. “O Big Wave World Tour é um sonho do Gary Linden (o organizador do tour) faz muito tempo. Se o surf de ondas grandes ficou mais popular, por que todos não poderiam falar a mesma língua e se organizar? Tem que começar em algum lugar. A ideia era criar um tour factível e deixá-lo crescer.”
Ao somar os resultados do Quiksilver Ceremonial Puta de Lobos, no Chile; Billabong Pico Alto Invitational, no Peru; the Maverick's Surf Contest, na Califórnia EUA; e Todos Santos Big Wave Event, no México; Burle – finalista em todos os eventos – foi declarado o campeão mundial de ondas grandes 2009/2010. Long, embora tenha ganhado o Quiksilver In Memory of Eddie Aikau, em Waimea, ficou em sétimo. (Eddie é considerado um evento à parte do BWWT. Mesmo que esse resultado fosse computado, Burle ainda seria o campeão).
O BWWT quer adicionar um quinto evento para temporada 2010/2011 e incluir o Nelscott Reef Contest, que havia mudado seu foco de tow-in para surf de remada. O tour ainda espera melhorar e ter mais oportunidades de patrocínios, em particular no evento de Todos, que foi pessoalmente fundado por Long e Linden e não tem prêmio em dinheiro.
“Por mais que precisemos do dinheiro, foi a paixão e a vontade que fez as coisas acontecerem”, lembrou Linden. “Todos trabalhamos de graça. É uma das maiores coisas que já vi em minha vida de surf. Todos estavam lá porque queriam estar. Foi o que uniu tão bem esse tour”.
E se ficar próximo da confraria dos big riders por algum tempo, verá que a paixão se origina puramente do amor e da coragem. Com ou sem tour, com prêmio em dinheiro ou uma garrafa de tequila. Esse pessoal vai sempre ver os gráficos LOLA e pegar os últimos voos para os cantos mais distantes do globo a fim de levar o esporte além do imaginável.
E como resumiu Long falando em nome de cada big rider no auditório, “Faríamos isso de qualquer maneira, mesmo sem prêmio”.
Leia no original. Há tembém um vídeo bacana sobre a temporada toda.