Houve um tempo em que eu era pessimista. Havia pouca esperança em ver este mundo tornar-se um lugar agradável de se viver. Isso foi no século passado.
Veio o ano 2000; o mundo não acabou, mas as guerras também não; o grande asteróide não nos encontrou, mas os sábios e benevolentes alienígenas também não; os mísseis nucleares não saíram de onde estão guardados, mas os grandes planos para o bem-estar de toda a humanidade também não.
Mesmo com todos os “também não”, a esperança cresceu, ressurgiu em terras outrora devastadas, desabrochou, floresceu e deu frutos mundo afora. Onde as trevas ainda dominam ou lutam para reconquistar territórios perdidos, ela aguarda seu momento. Vidas temporárias de todos os reinos são ceifadas pelos que temem ficar cegos quando a Grande Luz brilhar e anunciar o começo dos mil anos (*) de paz para aqueles cuja Vida é eterna.
Mesmo com todos os obstáculos, com todas as bestas-feras à solta, perdi a desesperança, pois perdi o medo. Ainda não perdi, de todo, a impaciência, que há de ceder conforme melhor compreendo o que há para ser compreendido, aceito o que há para ser aceito, enfrento o que há para ser enfrentado, rejeito o que me atrasa e colaboro com o que nos torna melhores.
Mesmo com toda a esperança, com todos os sinais favoráveis que são vistos pelos que não se deixam enredar pela ilusões deste mundo, ainda há muito a ser feito. E será feito.
(*) medida de tempo diferente da que ora usamos.
08 agosto 2023
Desesperança Perdida
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