Reforçando o
post anterior, não sou grande fã de futebol. A derrota do Brasil para a Itália, na copa de 1982, tirou-me a vontade de acompanhar os jogos. Voltei, timidamente, a sentar-me em frente à tv para isso durante as eliminatórias da copa de 1994. Jogos outros são apenas motivo para estar com os amigos e beber umas cervejas - futebol e álcool são indissociáveis.
Ontem foi o primeiro jogo da seleção brasileira nesta copa. Conheço poucos nomes, o que torna o time um amontoado de ilustres desconhecidos. O Dunga, para o meu espanto, é o treinador, e, mais espantoso ainda, ele é ainda mais bronco do que eu pensava - sem contar o gosto duvidoso por roupas um tanto inadequadas para quem quer posar de macho. O jogo foi bem ruim: o adversário, a Coréia do Norte, é muito fraco, só jogou na defesa, e o 'nosso' time não mostrou muita coisa. Mas não sou grande entendido em
chutebol, deixo as críticas e elogios para quem de direito.
Fui ver o jogo na casa do Kvra, onde também encontraria meu irmão & família e a Manu. Saí do trabalho 1h30 antes do começo da partida. O trânsito estava bom no meu trajeto, o ônibus integração do metrô estava cheio, mas suportável. Saltei do ônibus no Leblon e caminhei em direção à Gávea. Foi nesta caminhada que encontrei o motivo de escrever aqui: a completa falta de noção das pessoas. O trânsito estava caótico (meu irmão levou 1h20 de Copacabana à Gávea, menos de 15km), os motoristas ignoravam o vermelho dos sinais, os fogos de artifício pipocavam perto dos pedestres, motociclistas avançavam sobre as calçadas, pivetes corriam pra todo lado, transeuntes tocavam todo tipo de corneta.
Espero que tenha sido apenas a empolgação pela estréia, mas, sinceramente, duvido. As pessoas estão mais estressadas que há quatro anos atrás, há mais gente no mundo, há mais carros nas ruas, há tanta coisa que desisto de listá-las. Só penso em uma frase que escrevi em um
post do passado: o mundo (no caso, o Rio) ficaria muito melhor se não existisse o futebol.