06 novembro 2010

Slater 10x

Slater 10xFiquei um bom tempo afastado do surf. Ainda mais tempo longe da mídia surfística, tanto que não vi nenhum dos títulos do Slater no milênio passado, a não ser o de campeão amador - e foi pela tv, a internet engatinhava naquela época. As ondas estavam muito pequenas e ruins, e é impossível avaliar corretamente o surf de alguém nessas condições. O milênio terminou, o floridiano acumulou 6 títulos, recorde absoluto, e retirou-se do circuito.

Em 2005, quando voltei a morar no Rio, me interessei de novo. Graças à banda larga, passei a acompanhar os campeonatos. Isso foi durante a etapa de Teahupoo, que marcou o ponto de virada de Slater naquele ano (ele voltou ao circuito em 2003), em que ele acabou por, enfim, 'bater' o AI, apelido do Andy Irons, a quem dedicou o 10º caneco.

Estamos em 2010, são 6 anos (re)acompanhando o circuito mundial, e esse tal de 'Carlos Leite', como o grande Fabinho Gouveia o chama, conquistou mais 4 mundiais. Segundo o site do Globo Esporte, só o italiano Giacomo Agostini, 15 vezes campeão na motovelocidade, ganhou mais que ele. É quase impossível bater esse recorde...

20 agosto 2010

Filmes e pirataria

Vi a imagem abaixo totalmente por acaso, mas achei-a assaz interessante.

14 julho 2010

The Stooges - Funhouse


Segue matéria da Folha sobre o disco Funhouse.

26 junho 2010

Parar [III]

Parar de fumar cachimbo - parte 3Não há muito o que contar, não houve avanço nenhum. Ao menos não voltei a fumar tanto quanto antes. Isso não é muita vantagem, mas não posso ficar me criticando por não conseguir diminuir mais a quantidade de tabaco consumido. Seria contraproducente.
Meu irmão, com quem comentei das dificuldades de parar de fumar, perguntou-me se não havia tabaco sem nicotina. Nunca ouvi falar disso, e resolvi procurar na internet. Encontrei uma matéria no Diário de Notícias, um jornal português, datada de 23 de janeiro de 2009. Todos os links que acessei falam de cigarros sem nicotina, o que não é o meu caso; não voltaria a fumá-los por conta disso, pois diminuem apenas a nicotina, o resto todo continua lá.
Ainda estou à procura (interna) de mais motivação e (externa) de algum produto que realmente ajude a parar. Um dia encontro.

19 junho 2010

Rio SK8 Day

versão beta - 100ª postagem
Rio SK8 Day

O dia 21 de junho é o dia mundial do skate, primo-irmão do surf, mas na cidade do Rio de Janeiro, a data é celebrada hoje (19/06) na Praça XV de Novembro. Wilson Domingues, o Wilbor, um dos organizadores do 3º Rio Sk8 Day, juntou-se a outras entidades, como a Briza e a Red Nose (marca voltada a esportes radicas), para mostrar que o skate do Rio de Janeiro não está morto.

Segundo Wilbor, o pessoal que anda de carrinho na Praça XV dá vida à região. A agitação de skatistas passando auxilia na proteção dos pedestres, já que muitos correm atrás de assaltantes e punguistas que assustam os incautos. No entanto, estes mesmo skatistas são enxotados pela guarda municipal com a desculpa de que a prática deste esporte, ali, não é permitida (,mas também não é ilegal,) e que o patrimônio público é depredado. Sob este aspecto é interessante notar que o próprio Wilbor apresenta a idéia de cantoneiras para preservar os edges (degraus, meios-fios etc) mais usados, sabendo que, se não forem consertados corretamente, tem uma vida útil pequena. A busca pelo uso da Praça XV como área de pratica do skate passa por entraves burocráticos, falta de apoio concreto por parte da federação e da classe política, algo pelo qual São Paulo não passa. Segundo nossa reportagem pesquisou na Internet, Barcelona, na Espanha, uma das cidades mais skate do Mundo tem manutenção permanente de seus espaços públicos utilizados para a prática do esporte. A cada ano, os picos mudam, pois passam por manutenção e remodelagem constante. Vale a pena ver estes links

Os skatistas são conhecidos por serem ativistas criativos, mas na cidade do Rio o que falta é união. Segundo apuramos a Faserj (Federação de Skateboard do Estado do Rio de Janeiro) apóia o evento, mas ainda falta muito apoio. O problema que observamos para uma evolução ainda maior do skate no Rio é a falta de união, uma coisa é estar junto outra é integrar ações que deem mais visibilidade, resultados e que funcionem em prol dos atletas.

Wilbor, organizador
Wilbor, organizador
Cartazes do evento
Cartazes do evento

16 junho 2010

Impressões da copa de chutebol [1]

Reforçando o post anterior, não sou grande fã de futebol. A derrota do Brasil para a Itália, na copa de 1982, tirou-me a vontade de acompanhar os jogos. Voltei, timidamente, a sentar-me em frente à tv para isso durante as eliminatórias da copa de 1994. Jogos outros são apenas motivo para estar com os amigos e beber umas cervejas - futebol e álcool são indissociáveis.
Ontem foi o primeiro jogo da seleção brasileira nesta copa. Conheço poucos nomes, o que torna o time um amontoado de ilustres desconhecidos. O Dunga, para o meu espanto, é o treinador, e, mais espantoso ainda, ele é ainda mais bronco do que eu pensava - sem contar o gosto duvidoso por roupas um tanto inadequadas para quem quer posar de macho. O jogo foi bem ruim: o adversário, a Coréia do Norte, é muito fraco, só jogou na defesa, e o 'nosso' time não mostrou muita coisa. Mas não sou grande entendido em chutebol, deixo as críticas e elogios para quem de direito.
Fui ver o jogo na casa do Kvra, onde também encontraria meu irmão & família e a Manu. Saí do trabalho 1h30 antes do começo da partida. O trânsito estava bom no meu trajeto, o ônibus integração do metrô estava cheio, mas suportável. Saltei do ônibus no Leblon e caminhei em direção à Gávea. Foi nesta caminhada que encontrei o motivo de escrever aqui: a completa falta de noção das pessoas. O trânsito estava caótico (meu irmão levou 1h20 de Copacabana à Gávea, menos de 15km), os motoristas ignoravam o vermelho dos sinais, os fogos de artifício pipocavam perto dos pedestres, motociclistas avançavam sobre as calçadas, pivetes corriam pra todo lado, transeuntes tocavam todo tipo de corneta.
Espero que tenha sido apenas a empolgação pela estréia, mas, sinceramente, duvido. As pessoas estão mais estressadas que há quatro anos atrás, há mais gente no mundo, há mais carros nas ruas, há tanta coisa que desisto de listá-las. Só penso em uma frase que escrevi em um post do passado: o mundo (no caso, o Rio) ficaria muito melhor se não existisse o futebol.

14 junho 2010

Copa da África, parte 1

Copa da África: Holanda x Dinamarca
O primeiro jogo do Brasil será amanhã. Mas o jogo mais esperado por mim foi hoje: Holanda x Dinamarca. A foto ao lado explica o motivo, apesar de estar bem pequena e não deixar perceber que uma das dinamarquesas está segurando uma garrafa de cerveja (Tuborg? Carlsberg? ou uma local?).
Jogos de copa do mundo são sempre um bom motivo pra beber com os amigos e com os desconhecidos. Problema é ser comum a qualidade do atendimento e do chopp, ou da cerveja, caírem por conta do aumento da demanda. Porém, fazer o que? Não deixaremos de beber por conta disso.

02 junho 2010

Os 4 grandes

Este mês ocorrerá uma série de shows com os quatro grandes nomes do thrash-metal: Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax. No dia 22 o show será em Sófia, Bulgária, e este será transmitido mundialmente para diversos cinemas, inclusive para o Rio (Cinemark Downtown e Praia de Botafogo). O ingresso é salgado para cinema, mas não para um show desses: R$80.

Das quatro, conheci primeiro Slayer e Metallica através de um programa de metal na extinta Fluminense FM, a Maldita, hoje Band News. Fita K7 a postos, como sempre, gravei as músicas, para entender melhor depois, já que tinha ficado em estado de choque - para quem ouvia Black Sabbath, AC/DC e Iron Maiden, foi chocante descobrir que se podia fazer um som ainda mais pesado. Um outro domingo, quando tocava o tal programa, descobri Anthrax e Megadeth. E haja fita K7. Depois, haja dinheiro pra comprar os discos. Na época, era comum cada banda, não importa o gênero, lançar um novo álbum a cada ano; em compensação, comprar os discos era menos dispendioso. Se faltasse dinheiro, era só deixar uma fita com um amigo que tivesse o disco e o "problema" estava resolvido.

Muitas bandas que surgiram nessa época, início dos anos 80, foram capazes de trazer algo novo à música, com identidades/sonoridades que as diferenciavam muito umas das outras. Os anos passaram, integrantes foram trocados, sonoridades mudadas, mas os Big Four ainda mantém muito da sua identidade original, mesmo o Metallica, que se tornou o maior deles (do ponto de vista mercadológico).

Caso me decida a assistir ao show (dúvida por causa do preço), conto depois como foi.

23 maio 2010

Surpresas futebolísticas

Grêmio PrudenteQuem me conhece, mesmo que só um pouco, sabe que não sou chegado a futebol. Quem me conhece um pouco melhor lembra que não nasci no Rio, mas em Presidente Prudente/SP.
Estava a ver a classificação do Brasileirão - pra matar o tempo, porque ainda está muito cedo pra dormir -, e vi um nome pra lá de estranho no bolo de times que é esse campeonato. Chamou-me a atenção mais que os outros por ter sido o adversário do Flamengo no jogo de hoje. E também pelo nome, que remete à minha cidade natal. Coloquei o nome do clube no google e, voilá, o dito cujo realmente é da terrinha onde nunca mais estive depois de lá ter partido.

É ano de copa, todo o mundo do futebol fica em função disso. A minha função será ver os jogos com amigos e beber umas cervejas, nada além disso.

22 maio 2010

Parar [II]

(¨,)Um dia desses em que a ansiedade 'tava bombando e eu quase babando com vontade de fumar, lembrei de um detalhe assaz importante: da primeira vez que parei, eu estava de férias, com dindim no bolso (nem demais, nem de menos) e viajando. Ainda tenho 5 ou 6 meses pela frente antes de poder pedir os 15 dias a que, segundo me informaram, tenho direito; trabalho como PJ (pessoa jurídica), então é outro esquema...
Bom, houve alguns avanços: diminuí pela metade a quantidade de vezes que fumo, e também diminuí a quantidade de tabaco dentro do cachimbo. Descobri que o tal do nicorette 2mg não funciona pra mim. Aliás, produtos para ajudar a parar de fumar são mais caros do que eu supunha. Outra descoberta: balas e chicletes demais me criam desconforto nas tripas.
Me parece que farei novas descobertas nesse caminho, além de, suponho, sofrer algumas alterações na minha fisiologia. Ou não. Anyway, contar-lhes-ei em uma próxima postagem (¨,).

21 maio 2010

Mestres (do Rock)

Show de dinossauros na África do Sul
Depois de um almoço regado a alguns chopps e um par de doses da marvada, voltei ao trabalho pra 'cumprir ponto'. Acessei as notícias relativas à copa pra entender quais dias poderei beber desmesuradamente sem contrangimento e acabei por encontrar uma notícia no G1 sobre um show de dinossauros na África do Sul. Ver o nome do Deep Purple não me causou nenhum frisson, mas os nomes abaixo do deles me deixou com pulgas atrás da orelha. Se estivesse sóbrio, procuraria notícias sobre ambos, mas, chapado como estou, anotei a idéia de escrever alguns posts posteriores sobre bandas dos anos 60 e 70, quando eu ainda era novo =).

16 maio 2010

Parar

operação  Parar de Fumar Amanhã começo a operação #pararDeFumar. Já tem uns 4 anos que abandonei o cigarro pela última vez, falta o cachimbo e as cigarrilhas.
A primeira vez que parei com o cigarro foi em 1998, trocando-o pelo cachimbo. Acabei voltando ao "bastonete nicotizado", como falava o Bbzão, por conta de uma série de infortúnios que me pegaram de jeito. Creio ter sido no início de 2006, no máximo no de 2007, que abandonei de vez. Não quis saber que dia era, nem o mês nem o ano. Prometi-me não mais fumá-los. E não os fumo mais. Resta parar com os outros tabaquismos.
Não só em tese, o cachimbo faz menos mal: meu sono melhorou, a respiração ficou mais fácil e aguento ficar mais tempo sem fumar. Mas ainda é um vício e ainda faz mal. Quem não fuma vai ao dentista fazer limpeza dos dentes uma vez ao ano. Fumantes precisam ir a cada seis meses. Fora outros detalhes. Ainda há outra coisa que me chateia: quando ando pela rua e uma mulher me olha, não sei se me achou interessante ou esquisito por fumar cachimbo.
Da primeira vez que parei com o cigarro, diminuí gradativamente a quantidade de bastonetes diários durante uma semana um mês. No oitavo dia Na quinta semana, dei o resto do maço de Camel para alguém na rua. Vou tentar fazer do mesmo jeito, só que agora não haverá substituto.

13 maio 2010

Ficha limpa

Confesso ter demorado a ler sobre o assunto, só sabia do que se tratava por alto. Ainda hoje há muitos que pouco ou nada sabem sobre a dita cuja. Por isso, resolvi, na base do bom e velho ctrl+c / ctrl+v, reproduzir aqui os principais pontos do projeto. 

1 - Veta a candidatura de políticos com condenação na Justiça, nos julgamentos em instâncias colegiadas (nas quais houve decisão de mais de um juiz). 

2 - O projeto amplia de três para oito anos a inelegibilidade. 

3 - Permite que um político condenado por órgão colegiado recorra a uma instância superior, para tentar suspender a inelegibilidade. 

4 - Neste caso, o tribunal superior terá que decidir, também de forma colegiada e em regime de prioridade, se a pessoa pode ou não concorrer. Serão abrangidos pela proposta:
4.1 - Os crimes dolosos, onde há a intenção, e com penas acima de dois anos. Por exemplo, crimes contra a vida, contra a economia popular, contra o sistema financeiro, contra o meio ambiente, tráfico de entorpecentes, entre outros. 
4. 2 - Os condenados por atos de improbidade administrativa. Geralmente os que exercem cargos no Executivo e os ordenadores de despesa. 
4.3 - Os que tiverem seus mandatos cassados por abuso de poder político, econômico ou de meios de comunicação, corrupção eleitoral, compra de votos, entre outros. 
4.4 - Os condenados por crimes eleitorais que resultem em pena de prisão. Estão fora da lista os crimes eleitorais em que os políticos são punidos com multa. 

5 - Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado, por crimes graves. 

6 - Os que tiverem sido excluídos do exercício da profissão, por algum crime grave ético-profissional. Neste caso incluem-se os casos de profissionais que tiverem seus registros profissionais cassados.

7 - Os eleitos que renunciarem a seus mandatos para evitar processo por quebra de decoro também ficam inelegíveis nos oito anos subsequentes ao término da legislatura. Tomara que as coisas comecem a melhorar.

26 abril 2010

Carlos Burle, campeão mundial de ondas grandes

No começo, era só pelo desafio. Logo, as apostas subiram e a corrida se concentrou nos cheques do XXL. E, agora, surfistas de ondas pesadas têm um WT (campeonato mundial), que acaba de declarar seu primeiro campeão – o brasileiro Carlos Burle.

“Isso não é só meu, é de todos vocês. É do nosso esporte”, disse Burle para uma multidão de convidados que reunia os melhores surfistas de ondas grandes no Surfing Heritage Foundation. “Quero que todos subam aqui e levantem esse troféu comigo”.

Um a um, o palco se encheu com pessoas como Peter Mel, Mark Healey, Greg e Rusty Long, Ramon Navarro, Twiggy Baker e outros watermen corajosos. E pela primeira vez na história, uma ideia de realização tomou conta da comunidade de big riders. Burle, obviamente humilde, embora tenha sido o primeiro campeão do recém-formado tour, disse que essa irmandade foi sua fonte de inspiração.

“Estou muito feliz de estar aqui – aos 42 anos de idade –, de remar com vocês alargar as fronteiras”, acrescentou Burle em seu discurso de agradecimento. “O que fazemos não é fácil. O que fazemos é a maior e mais estressante coisa do mundo. Nunca sabemos quando vai rolar. Não temos hora marcada. Temos que viajar de última hora, geralmente num voo noturno. E temos que enfrentar ondas monstruosas. Somos os seres humanos mais preparados do planeta”.

Por ironia, Burle faturou o último “campeonato de ondas grandes” que houve. O ISA Big Wave Challenge de 1998, em Todos Santos, deu um estímulo que durou mais de 12 anos. E agora, depois dos quatro eventos do Big Wave World Tour (BWWT), as esperanças de um circuito mundial de surf em ondas grandes tornou-se uma realidade.

“As fotos do evento da ISA em 1998, em Todos, foram uma grande inspiração para mim. Nos dedicamos para que isso acontecesse”, explicou Greg Long, o homem que deu a ideia para o tour. “O Big Wave World Tour é um sonho do Gary Linden (o organizador do tour) faz muito tempo. Se o surf de ondas grandes ficou mais popular, por que todos não poderiam falar a mesma língua e se organizar? Tem que começar em algum lugar. A ideia era criar um tour factível e deixá-lo crescer.”

Ao somar os resultados do Quiksilver Ceremonial Puta de Lobos, no Chile; Billabong Pico Alto Invitational, no Peru; the Maverick's Surf Contest, na Califórnia EUA; e Todos Santos Big Wave Event, no México; Burle – finalista em todos os eventos – foi declarado o campeão mundial de ondas grandes 2009/2010. Long, embora tenha ganhado o Quiksilver In Memory of Eddie Aikau, em Waimea, ficou em sétimo. (Eddie é considerado um evento à parte do BWWT. Mesmo que esse resultado fosse computado, Burle ainda seria o campeão).

O BWWT quer adicionar um quinto evento para temporada 2010/2011 e incluir o Nelscott Reef Contest, que havia mudado seu foco de tow-in para surf de remada. O tour ainda espera melhorar e ter mais oportunidades de patrocínios, em particular no evento de Todos, que foi pessoalmente fundado por Long e Linden e não tem prêmio em dinheiro.

“Por mais que precisemos do dinheiro, foi a paixão e a vontade que fez as coisas acontecerem”, lembrou Linden. “Todos trabalhamos de graça. É uma das maiores coisas que já vi em minha vida de surf. Todos estavam lá porque queriam estar. Foi o que uniu tão bem esse tour”.

E se ficar próximo da confraria dos big riders por algum tempo, verá que a paixão se origina puramente do amor e da coragem. Com ou sem tour, com prêmio em dinheiro ou uma garrafa de tequila. Esse pessoal vai sempre ver os gráficos LOLA e pegar os últimos voos para os cantos mais distantes do globo a fim de levar o esporte além do imaginável.

E como resumiu Long falando em nome de cada big rider no auditório, “Faríamos isso de qualquer maneira, mesmo sem prêmio”.

Leia no original. Há tembém um vídeo bacana sobre a temporada toda.

16 abril 2010

Tipo O Negativo

Type O Negative Mais um que se vai: Peter Steele [Type O Negative] morreu 4ª-feira de insuficiência cardíaca (ñ confirmado). Maiores detalhes, em breve, no site da banda.
O T.O.N. nunca fez parte da minha lista de Top 20, mas há boas músicas no conjunto da obra, tanto próprias quanto algumas covers, em especial Paranoid [Black Sabbath] e Cinnamon Girl [Neil Young].
D.E.P. (ou R.I.P.).

14 abril 2010

Ilha de Lixo

Projeto Kasei Muitos dos que acompanham sites como Surfline, Waves e afins já leram sobre o assunto: uma mancha de lixo que flutua à deriva entre a Califórnia, nos Estados Unidos, e o Japão, duas vezes o tamanho do território estadunidense do Texas (é grande para kct). Foi descoberta em 1997 e nada, absolutamente nada, foi feito pra resolver isso, até que um pessoal criou o Projeto Kasei, com bases em São Francisco (Califórnia) e Hong Kong. Seu trabalho ainda está no começo, mas espera-se que tragam mais respostas e soluções que perguntas e (novos) problemas. O site é interessante e tem bastante informação, eu recomendo. Gostei do lema que eles adotaram, criado por Jacques Cousteau: The impossible missions are the only ones which succeed.

09 abril 2010

Esquilo no sótão

Estava de bobeira (de novo) no facebook vendo as postagens dos(as) amigos, conhecidos e companheiros de jogos quando vi um link para um vídeo sobre a captura de um Eichhörnchen auf Dachboden, ou seja, um esquilo no sótão. Achei estranho o comentário de que a moça, alemã, compraria luvas caso acontecesse esse tipo de invasão novamente. Nestes tempos de frescura extrema com relação a tudo, achei que seria mais uma. Acessei o vídeo. O coitado do bicho, assustado, mordeu várias vezes a mão do sujeito (enluvado) que tentava capturá-lo e chegou a deixar marcas.
Isso me fez pensar em como tenho julgado muitas coisas antes de ver exatamente do que se trata. Não era assim, eu costumava esperar pra poder entender, não julgar. Acho que preciso de férias, longe daqui, onde dinheiro não seja importante (ou, se for, que eu tenha bastante)...

Da série Notícias esdrúxulas em tempos esquisitos

A política de cerveja só no almoço faz trabalhadores da Carlsberg entrarem em greve


COPENHAGEN – O porta-voz da cervejaria informou que muitos funcionários abandonaram seus postos de trabalho ontem em protesto contra a remoção de coolers de cerveja e as novas regras sobre beber no local de trabalho.


Empregados do armazém e da produção se rebelaram contra a nova política sobre álcool da empresa, que os permite beber cerveja apenas na hora do almoço e na cantina da fábrica. Antes eles podiam pegar cerveja dos coolers espalhados pelos locais de trabalho o dia inteiro.


A única restrição era “não se pode ficar bêbado no trabalho. Todos devem ser responsáveis”, informou Jens Bekke, porta-voz da empresa.

Há muitos anos a Carlsberg queria implantar uma política mais rígida e decidiu impor a nova regra em primeiro de abril, revoltando os funcionários.


Bekke informou que 800 trabalhadores entraram em greve na quarta-feira e cerca de 250 abandonaram seus postos de trabalho ontem, o que levou à interrupção da distribuição de cerveja na região de Copenhagen.

Os motoristas de caminhão da empresa entraram em greve em solidariedade – embora estejam excluídos das novas regras, disse Bekke. Os motoristas podem beber três cervejas na cantina pois, em geral, não tem tempo para almoçar na fábrica.
Os caminhões têm uma trava na ignição para evitar que os motoristas dirijam bêbados, acrescentou Bekke.
Leia no original: NZHerald

08 abril 2010

SURF NO SANTOS DUMONT

Ao procurar algumas imagens para um post sobre o dilúvio que se abateu sobre o Rio de Janeiro e sobre a ressaca que o acompanha, me aproximei da entrada para Escola Naval (Ilha de Villegaignon) e comecei a tirar umas fotos das ondas que rebentavam perto da cabeceira da pista do Santos Dumont. Para minha surpresa tinha um cara sozinho dentro d’água. Conversando com o pessoal que estava por ali fiquei sabendo que ele surfa no local quando o mar está bem grande. As imagens falam por si mesmas. Veja um pequeno vídeo no nosso canal do VocêTubo .
(Nossa reportagem pede perdão pela qualidade das fotos, quando descolarmos um trabalho bem remunerado, a primeira coisa que faremos será comprar uma câmera melhor.)
Ondas no santos Dumont, foto 1Ondas no santos Dumont, foto 4Ondas no santos Dumont, foto 2Ondas no santos Dumont, foto 3Ondas no santos Dumont, foto 5

Malcom McLaren

Tava olhando o monte de notícia de M q sai no yahoo quando me deparei com essa:
Qui, 08 Abr, 04h37
Malcom McLaren, o ex-empresário musical britânico e autoproclamado mentor intelectual da banda ícone do cenário punk The Sex Pistols, morreu de câncer em um hospital da Suíça, onde estava sendo tratado, informou Young Kim, sua namorada. Ele tinha 64 anos.

Postei no tuíter que o Dio tá com câncer. A cada semana aparece mais um, tá muito sinistro isso... Maiores detalhes no PsychoCervas

29 março 2010

Tubo

O amigo Cesinha postou isso no facebook.
Vale muito a pena.
Stephan Figueiredo mandando bala.
abraços

25 fevereiro 2010

O outro lado da Ponte

Não é a ponte Rio-Niterói ;-) É a de Istambul, sobre o Bósforo. Não lembro se postei alguma coisa sobre o filme Atravessando a Ponte: O Som de Istanbul. O site, em alemão, tem uma página com vídeos das músicas que rolam no longa-metragem.

Tava meio de bobeira no trabalho quando resolvi acessar o VocêTubo e ver algo de interessante quando lembrei do filme e procurei por algum vídeo a ele relacionado. Encontrei um com duas músicas que gostei muito. Gostei também deste vídeo, afinal, não é toda hora que se assite a um cantado em turco com legendas em russo =)

21 fevereiro 2010

Imprensa

Nunca vi nenhuma press conference como essa. Tinha que ser de um dos caras mais rock & roll da história: Tom Waits. Curioso foi o fato de ter visto este vídeo no blergh da Steph Gilmore (tricampeã mundial de surf, etc e tal).

18 fevereiro 2010

Carnaval em Itamambuca

Itamambuca (Ubatuba/SP)

Pra quem não sabe (deve ser pouca gente), Itamambuca é uma praia de Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Fui pra lá a fim de surfar neste carnaval. As previsões eram favoráveis (e se concretizaram), tanto de ondulação quanto de tempo, este último um aspecto importante pra quem vai acampar.
O camping do EcoResort fica na parte de baixo da foto, do canto esquerdo até o rio, que tinhamos de atravessar (20m?) para chegar à praia. Não havia correnteza, é raso e a água estava em torno dos 20º. Já na praia, a coisa mudou de figura. A água estava razoavelmente clara, em torno dos 25º (quente d+) e uma velha conhecida: a correnteza de leste, razoavelmente forte. Teve onda todo dia, de sábado até terça, variando de meio metrinho a 1 metrão; a ondulação estava, como a correnteza, de leste, quando a melhor é a de sul, mas isso não impediu-me de pegar umas boas e razoavelmente longas. Diferente daqui, havia muito mais ondas pra direita do que pra esquerda, o que muito me agradou (sou regular); pode ser considerada uma onda fácil, boa pra iniciantes.
Pra quem não quer atravessar rio pra chegar à praia, há diversas outras pousadas, e há que se marcar com razoável antecedência, principalmente em feriados e férias - como em qualquer outro balneário. É bem fácil de encontrar pelo google. O que fiquei, além do camping, tem vários chalés simples e outros mais alto nível, além da infra-estrutura bacana: piscinas, área para as crianças, de esportes, de jogos, bares/restaurantes.
Espero poder voltar lá, pois não pude ir às outras praias, principalmente a Félix, que dizem ser praticamente só tubo pra direita, além de a arrebentação ser mais perto.

09 fevereiro 2010

deus

Escrevi com 'd', e não com 'D' porque refere-se ao personagem das tirinhas postadas no blog Um Sábado Qualquer, que conheci através de um twit do eco4planet. Achei interessante, curioso e divertido, embora, pra variar, ache que de vez em quando errem na mão, mas isso faz parte =) deus com d minúsculo

08 fevereiro 2010

Bicicleta

1886 Columbia OrdinaryHoje foi o primeiro dia em que fui trabalhar de bicicleta - emprestada do meu irmão e cheia de detalhes pra consertar (ficou parada por 8 anos) -, algo que buscava fazer já há uns 3 meses, quando comecei na empresa na qual trabalho hoje.
Vários são os motivos que me levam a fazer isso em pleno verão - o pior dos últimos sei lá quantos anos. O primeiro deles é manter-me em forma, já que este ano entro na fase dos 'enta'. O segundo é ver se consigo fortalecer as pernas, pois tem-me faltado potência em determinadas situações no surf, principalmente na cavada de front-side. O terceiro é poder abdicar do ônibus do condomínio. Esse tem um peso grande, pois usava-o todos os dias da semana 'útil'; tinha que me locomover até o ponto inicial, entrar em uma fila, esperar que o dito cujo não atrasasse e também que o trânsito estivesse bom. Nada demais, mas minha paciência, muito em função do calor que está a fazer, praticamente inexiste quando se trata das peruas e dos novos-ricos que insistem em falar ao celular sem parar e se bezuntar com 3 litros de perfumes de aromas de gosto duvidoso.
Ter começado a trabalhar perto de casa, por si só, já melhorou muita coisa em minha vida (sempre tem uns contras, mas, como dizia o Paul, let it be). E, agora, com a bicicleta, deve melhorar mais um pouco, já que segundo uma matéria no G1, é mais rápido até que helicóptero pra ir de um ponto a outro da cidade (dependendo do trajeto, claro).

29 janeiro 2010

Verão, calor e falta de trabalho

Sei que fiz forfait semana passada e que isso não tem desculpa. Mas...

A vida de um freelancer, nobres colegas, é a eterna espera. Sendo assim, o negócio é aguardar que o ano comece depois que passar o carnaval. O tempo se prolonga e você manda 15 e-mails diários procurando trabalho, espera mais uma semana e neca. Então ficamos nessa: pensa na vida, varre a casa, faz um café, tira o pó dos livros, vai na esquina e bebe uma cerveja, faz um mate, limpa o chão etc. O piso tá brilhando, mas a falta do que fazer nos deixa com a pulga atrás da orelha, limpa de novo. O calor é senegalês, e o lado bom desse momento limpeza é que estamos sempre ao redor d’água. Como dizem: ao faxinar a casa, lavamos a alma. Isso é necessário de tempos em tempos, tão necessário quanto um banho de mar, um exercício físico, uma higiene mental ou o trabalho e o ócio que nos cercam. No momento correto, pensar faz bem. Alguns podem questionar: “pensar sempre faz bem, cara! Deixa de ser burro!” O buraco é mais embaixo, “mermão”. Quando trabalhamos sem descanso, não pensamos. Estamos sempre naquele estado de reação imediata aos estímulos externos: o treinador joga a bola e o cachorro corre e pega. Compreenda: você é o cachorro. Esperar e pensar são momentos que devem ser apreciados e estimados com o devido respeito.

Mesmo depois de tantos devaneios é necessário continuar a procura por trabalho, como o diria o meu irmão é “a filosofia do Silvio Santos: quem procura acha!”. Mas cansa e dá nos nervos, ainda assim continuamos. Vamos em frente.

13 janeiro 2010

O bar família

Às vezes, a única coisa que queremos num bar é sossego. Você chega, pega sua cerveja e vai para o seu canto, pode até bater um papo com o pessoal que está lá, mas tudo é muito tranquilo e calmo. Não se quer burburinho ou aquela coisa de ver e ser visto, aliás, a última coisa que se quer em certos momentos é ser visto. Por quê? Não precisa de motivo, você só quer beber sua cerveja e ficar em paz.
Frequento um bar que é perfeito para dias como esses: Bar e Mercearia Taylor ( rua Taylor, 36 térreo). Conheci o estabelecimento faz uns quatro ou cinco anos, quando subia para casa. Passava por ali e olhava o jeito do lugar: as três portas de correr, os azulejos, o pé-direito alto, o grande balcão em U (o lado esquerdo de quem entra é bar e o direito, mercearia), o espaço de circulação, o pessoal vendo jornal ou novela na TV do bar e a rua pacata. Numa tarde de verão, entrei e pedi uma cerveja. Fiquei na minha, olhando a paisagem árida do centro da cidade. Puxei uma conversa com quem estava ali, o pessoal conversou, um pouco ressabiado, pois nunca tinha me visto. Mas o tempo foi passando e eu parava ali uma, duas ou até três vezes por semana, e fui conhecendo as pessoas. Aquele pedaço de rua se resume a uns poucos edifícios (dos grandes), os clientes em sua maioria moram ali há muitos anos. Por todos se conhecerem, o ambiente é quase de vila. Como em todo bar, é possível se conversar sobre quase qualquer assunto: política, economia, informática, o que vier o pessoal traça. Volta e meia, tem um ou outro que fala mais alto, mas é ocasional, e jamais vi um bate-boca ou uma briga. O bar é uma extensão da casa daquela gente. É um bar família no melhor sentido que essa palavra pode ter.
O dono é o Paulo Cezar, o PC, 46 anos, casado duas vezes, dois filhos, que comprou o estabelecimento há 17 anos. Trabalhando sozinho e neurótico com limpeza, cuida do lugar como se fosse a própria casa; o balcão e o piso estão sempre brilhando. Pensando bem, aquilo é a casa dele, passa mais tempo ali que no aconchego do lar. Por ter morado na Lapa quase toda vida, conhece todos os clientes pelo nome e tem muita história para contar, outro dia ele me disse que viu o Madame Satã quando era pequeno: “Era um senhor negro, velhinho e magro, mas todo mundo sabia quem era. Ele era amigo de uma senhora que era dona dessa casa aqui de baixo. Minha avó me mostrava, com discrição: Olha lá o Madame Satã.” Todo mundo tem conta lá, mesmo que nunca tenha colocado nem um copo d’água no pendura: “Até você também tem, só que não usa. Olha o seu nome aqui na prancheta”. E tava lá o meu nome, sem nenhum valor escrito ao lado.
Embora o PC não beba ou fume nem jamais tenha tocado em qualquer droga, ele é chocólatra e sedentário confesso, o que lhe rendeu uma hipertensão. De vez em quando se sente mal, com dor de cabeça e estressado, a turma toda fica preocupada. Diversas vezes cheguei lá e ele não estava. “Ué, cada o cara?”, pergunto. E a resposta que vem de trás do balcão é invariavelmente a mesma “Teve que dar uma saidinha para ver uns negócios ali embaixo, mas o que você quer? Cerveja? Qual?”. O PC deixa o bar aos cuidados de quem estiver por ali, em geral, é uma pessoa de confiança. Até eu já fiquei atrás daquele balcão uma vez.
Lá não há acepipes, escondidinhos ou coisas pops desse gênero, mas batatinhas fritas industrializadas, tremoços, salame, queijo prato etc. Quem quer ir num bar para comer as tão faladas “comidas de boteco” da moda, na verdade, quer ir a um restaurante. E esse não é o caso. Mas o curioso no Taylor é que as guloseimas que têm mais saída são o bolo de chocolate e o pudim de leite condensado (feitos em casa); lembrem que o PC é viciado em doce. Com relação às bebidas: a cerveja é gelada e o preço, normal; e ainda têm aquelas cachaças comuns e outras coisas para fazer um rabo de galo ou coisa parecida. Lendo esse texto, o observador desavisado pode pensar: qual é o grande atrativo desse lugar? E a resposta é simples: calma, tranquilidade, cadeira na calçada e cerveja.

07 janeiro 2010

O Rio é roquenrol?

"Sofremos com essa ideia de cidade do carnaval, com o papo de que aqui o negócio é samba e chorinho... Não aguento ouvir que a Lapa é do samba. Lá tem o Circo Voador!" As palavras acima são do Bacalhau, baterista da banda Autoramas, e foram publicadas na edição digital d’O Globo (4/01/2010) quando da divulgação do DVD/CD Autoramas Desplugado. Além disso, segundo o jornal, o baterista “arrisca um misto de falta de interesse de público, de casas adequadas e de uma política pública voltada para o rock”.
Concordo em parte com o Bacalhau, a Lapa e o Rio já foram mais rock, mas também já foram mais reggae, mais samba, mais chorinho, mais MPB, mais lambada... a lista pode ir ao infinito se pensarmos em todos os modismos que já imperaram por aqui. E, segundo me consta, a Lapa é um dos berços do samba no Brasil, e este gênero merece seu lugar reservado em qualquer recanto que tenha uma aparelhagem de som e pretenda tocar... samba. No entanto, fiz umas perguntas para o Celão, grande alvinegro e baterista dos Inimigos do Rei, que mandou uma boa resposta sobre modismos e mercado “... o mercado fonográfico (que não existe mais, e ninguém sabe o que vai acontecer) fazia o marketing de cada verão um estilo!”. Acredito que isso também é verdade. O modismo mais recente é o samba! E já dura alguns verões. Por favor, sem preconceitos e hipocrisias, minha intenção não é ofender ninguém, simplesmente acho isso. Acredito que a falta de interesse por parte do público é devido ao modismo. Mas a Lapa, conforme todos gostam de alardear, é eclética e democrática, ainda é possível encontrar lugares nos quais ouvir, dançar, pular ou fazer o que lhe der na veneta ao som de rock: a festa Se a moda pega, promovida pela banda Canastra no bar (casa de show, restaurante ou sei lá o quê) Estrela da Lapa (Mem de Sá, 69) já está em seu segundo ano. De acordo com o Jornal do Brasil a festa é regada a rockabilly, dixieland, surf music e jovem guarda e rola toda quinta. (Curioso como os desde os Raimundos, pelo que vejo, os roqueiros ressuscitaram a jovem guarda, que foi visto desde a época do programa de TV como coisa de alienados e cópia mal feita de música de gringo).
A questão de casas adequadas para o rock acho que pode dar o que falar, mas passei na Banca do Blues (esquina de av. Rio Branco com Pres. Wilson) e perguntei sobre os shows que aconteciam ali. O Paulo, dono do estabelecimento, produziu diversos shows, ali mesmo na esquina, que foram um sucesso (eu mesmo fui a alguns). Como ele mesmo diz: “era show mesmo, não era rodinha de violão, não”. O espaço era aberto aos novos talentos, mas não deixava de ter gente consagrada (exemplos são Big Gilson, Claudio Bedran e Pedro Strasser, todos do Bleus Etílicos; Jefferson Gonçalves, do extinto Baseado em Blues; e Big Joe Manfra), e ainda por cima esses músicos se apresentavam de graça. O show era do jeito que o carioca gosta: de graça e em espaço aberto. Conversa vai, conversa vem e ele me disse que o subprefeito do Centro revogou a autorização para a realização do evento no começo do ano passado. Segundo a Subprefeitura, os motivos da suspensão da autorização foram “Aglomeração de pessoas na esquina, que causaria transtornos aos pedestres. A falta de banheiros químicos. Venda de bebidas alcoólicas na banca”. Engraçado, como pode um evento que começa sexta-feira às 21h, no centro da cidade, atrapalhar os pedestres. Segundo o Paulo, o problema foi mesmo com os vizinhos, nada de pancadaria, bate-boca ou coisa do tipo, mas tinha gente que não gostava daquela bagunça organizada. Sem problemas, o cara parou, pensou, e o negócio é o seguinte: o evento vai voltar com o mesmo nome, Banca do Blues, mas será na Vintage Music, loja de instrumentos musicais (rua Visc. do Rio Branco, 37, esq com Gomes Freire), ou seja Lapa. O primeiro show vai ser dia 16/01/10. Será que existe um local mais adequado para um show de música do que uma loja que vive de música? (Vide Modern Sound.) O engraçado do assunto é que o Paulo diz que o negócio é dedicado ao blues, quando cheguei lá ele tava vendo um DVD do Steve Ray Vaughan tocando Love Struck Babe, que na minha modesta opinião é um rock do caralho.
Já a questão de política pública voltada para o rock... acho que isso não rola, não. Só se os roqueiros do Rio se unirem. Quando digo roqueiro, digo os amantes do gênero, músicos e organizadores de eventos. Mesmo assim, vai ser bem difícil... só espero morder minha língua sobre a questão.